Mundo Maior em exposição 2018
Mostrei as telas da Máquina do Mundo em 2014 depois de algum tempo de imersão no poema de Drummond, nas tintas e nas dimensões daquilo que pretendi fazer. E ingenuamente, chegar ao fim.
Continuei de posse de onze dos quinze trabalhos realizados. Os versos da Máquina do Mundo são convocatórios, embora Drummond “de mãos pensas” termine o poema “desdenhando colher a coisa oferta”.
Mas a aparente abertura da máquina “em calma pura convidando quantos sentidos e intuições restavam a quem de os ter usado os já perdera” bateu forte em mim. E ficou.
Não pude resistir “pela mente exausta de mentar” e logo, voltar aos pincéis, foi um sopro. A minha volta, ouvia Arlene dizer – mas já está pronto!
Está só que não. Foi mais algum tempo a pintar até anteontem.
Ao final pensei, se a coisa “dá volta ao mundo e torna a se engolfar” é porque a Máquina alçou o “MUNDO MAIOR”.
E estão… os hercúleos onze trabalhos de Luiz Palma serão exposto.
ALGUMAS IMAGENS:
Títulos poéticos extraídos do poema: A Máquina do Mundo; Sino Rouco; Reino Augusto; Pasto Inédito; Nexo Primeiro; Raio do Sol; Natureza Mítica; Sublime Ciência; Céu de Chumbo.
Convido-os a visitar o Astrolábio para ver ou rever este trabalho e deixar-se tomar pela beleza dos versos e as imagens que alcancei com esta inspiradora obra.
O poema ” A máquina do mundo” de Carlos Drummond de Andrade foi considerado por críticos e literatos
no ano 2.000, como o melhor poema brasileiro do século
Meu trabalho bordeja o expressionismo abstrato e figurativo.
Manifesta-se numa dialética criativa de formas translúcidas, cores aplicadas, linguagem conceitual &…
as incomensuráveis expressões do inconsciente.
Luiz Palma